Celebrado em 5 de fevereiro, o Dia Nacional da Mamografia foi criado com o objetivo de mobilizar mulheres acima de 40 anos para realizar o exame que diagnostica precocemente o câncer de mama.
Tudo começou em 2008, quando a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o, até então, Projeto de Lei 737-/06, do Senado, que estabeleceu a data. A proposta foi relatada pela deputada Maria do Rosário (PT-RS).
O câncer de mama
Resultado da multiplicação de células anormais na mama, o câncer de mama é caracterizado pela formação de nódulos capazes ou não de invadir outros órgãos do corpo.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. Para se ter ideia, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2019 quase 60 mil mulheres desenvolveram esse tipo de câncer.
O INCA também afirma a existência de vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida e agressiva, enquanto grande parte dos casos tem evolução favorável se diagnosticado e tratado em tempo adequado.
A importância da mamografia
Ainda, de acordo com dados do INCA, no início do século XX, os raios X começaram a ser usados para o diagnóstico de alguns tipos de câncer. A radiografia das mamas teve início em 1913, mas somente em 1970 foi criado o mamógrafo.
A mamografia é um exame de imagem capaz de identificar nódulos – mesmo antes de serem palpáveis. A partir de 1976, a mamografia se tornou o método específico para diagnosticar câncer de mama.
O que diz a SBM?
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que a mamografia preventiva ou de rastreamento não evita o surgimento do tumor, mas é o exame mais eficiente para detecção do câncer de mama ainda não palpável clinicamente (com menos de 1 cm), que apresenta alto índice de recuperação se for tratado adequadamente.
Ainda, uma pesquisa coordenada por médicos da SBM constatou que a cobertura total de 24,6% é considerada baixa para o rastreamento mamográfico na população feminina de 50 a 69 anos, realizado entre 2008 e 2016, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é, no mínimo, de 70%. O baixo número de exames pode ser atribuído a mamógrafos quebrados ou descalibrados e déficit de técnicos e médicos radiologistas para realizar o exame.
A prevenção contra o câncer de mama deve ser feita o ano todo!
Não é só durante o ‘Outubro Rosa’: é preciso estar atenta ao câncer de mama o ano todo. Mulheres que tiveram o diagnóstico de câncer de mama na família devem realizar a mamografia a partir dos 40 anos; já aquelas que não tiveram, podem fazê-lo a partir dos 50 anos.
Lembre-se sempre: a mamografia é o melhor exame para diagnosticar câncer de mama. Mantenha o acompanhamento com seu ginecologista.



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