Você sabia que nós, seres humanos, podemos sentir ao longo da vida dores durante a relação sexual pênis-vagina? Isso mesmo! Mas atenção: digo que pode acontecer e não que vai acontecer, afinal cada pessoa é única. Porém, se acontecer, você sabe o que pode ser essa dor e como tratá-la? É sobre isso que vou falar neste texto.
Entenda: as dores durante a relação sexual podem acometer homens e mulheres, mas geralmente atingem mais a população feminina. Vale destacar que, independentemente da patologia que você tiver, a dor nunca é normal; se dói é porque há algo errado, e aí é necessário investigar.
E qual pode ser a causa? Existem algumas doenças que podem desencadear dores durante a relação sexual:
Dor genito-pélvica com penetração (dispareunia): como o próprio nome já diz, é a dor sentida durante a penetração – ela pode ser leve ou profunda;
Dor genito-pélvica sem penetração (vaginismo): aqui, não há penetração, pois os músculos do assoalho pélvico se contraem involuntariamente – o que torna a penetração dolorosa ou impossível;
Dor persistente na vulva (dor vulvar e vulvodínia): essa não tem nada a ver com penetração ou contrações do assoalho pélvico; consiste em queimação ou irritação na área genital. Pode haver dores que duram mais de um mês e desaparecem do nada, do mesmo jeito que surgiram.
Um tabu chamado sexualidade
Vivemos em uma sociedade machista e desinformada quando o assunto é sexualidade feminina – e quem é a maior vítima disso? As mulheres, claro! Quando uma mulher sente dor durante a relação sexual, passam vários pensamentos em sua cabeça – aqui, cito os principais:
Algumas mulheres acham que a dor é normal; afinal, quem tem que sentir prazer é o homem.
Outras acham que é mesmo anormal sentir dor durante a relação sexual, mas ficam envergonhadas de conversar sobre o assunto com o parceiro ou de pedir ajuda para um profissional: “O que vão pensar de mim?”.
Olhando para essas duas suposições, a primeira coisa é: a mulher tem total direito de sentir prazer tanto quanto o homem – caso contrário, a pessoa está transando sozinha, e sexo é troca! Segundo ponto: converse sobre sexo com o seu parceiro, revele sua dor para que ele saiba que você está passando por alguns problemas.
Não tenha vergonha de pedir ajuda ao seu médico ginecologista, pois essa queixa é mais comum do que imaginamos, e o mais importante é investigar e resolver!
Como funciona o tratamento?
A abordagem de todos esses problemas, na maioria das vezes, consiste em um trabalho multidisciplinar, com ginecologista, psicólogo/terapeuta e fisioterapeuta pélvico.
Para um bom atendimento na fisioterapia pélvica, o profissional primeiro realiza uma avaliação com inspeção visual e palpação do assoalho pélvico (quando possível, dependendo do grau de dor) para identificar as condições da musculatura, pontos das dores, presença de incontinências urinária, flatos, sensibilidade e reflexos na região pélvica.
O fisioterapeuta pélvico atua na reabilitação das disfunções do assoalho pélvico, utilizando recursos terapêuticos, promovendo alongamento, relaxamento e fortalecimento muscular para aliviar as dores durante a relação sexual.
Eu sou fisioterapeuta pélvica na Clínica Plenitude e posso te ajudar – dê um basta nos incômodos e dores durante a relação sexual, procure ajuda e volte a ser feliz. Afinal, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o sexo um aspecto fundamental na qualidade de vida de qualquer ser humano. Quer agendar uma consulta comigo? Clique aqui!
Érica Fabiana de Almeida Fisioterapeuta especialista em ortopedia, traumatologia, fisioterapia pélvica uroginecológica funcional e ozonioterapeuta