A  importância da saúde mental na maternidade

A importância da saúde mental na maternidade

Desde 2014, a campanha brasileira Janeiro Branco busca chamar atenção para a saúde mental das pessoas; pensando na importância de uma gestação e puerpério saudável e tranquilo tanto para a mamãe quanto para o bebê, trouxemos um olhar consciente e sistêmico para os conflitos psicológicos que muitas mamães sofrem na maternidade caso não estejam curadas com suas próprias mães. 

Sabemos que todo bebê precisa de segurança e proteção para viver. A primeira pessoa a quem ele se torna leal, por garantir sua sobrevivência, é sua mãe – ainda que ela possa ter sido depressiva, queixosa ou desconectada; o vínculo da criança com a mãe é muito grande.

Quando a futura mamãe está desconectada do feminino da família, pode se sentir rejeitada, abandonada, triste e não compreende o porquê, gerando, inclusive, a depressão pós-parto e a dificuldade para amamentar. O encontro da mãe com aquele aspecto oculto nela (a própria sombra que, por muitas vezes, ela enxerga no bebê quando fica desesperada por não saber o que fazer) é algo que tem a ver com uma falta de amor na sua própria infância, um cansaço extremo e que, aos olhos dos outros familiares, deveria ser um momento muito especial.

Conflitos emocionais na maternidade

Muitas mães sofrem com a solidão no puerpério e esperam ansiosamente para levar a criança ao pediatra. Isso acontece porque ela não tem espaço na sociedade ou na família para falar sobre seu(s) bebê(s), sobre as dificuldades que sentem; é neste encontro que elas  desabafam todas as suas dúvidas e inquietações sem serem comparadas ou julgadas .

Por muitas vezes, as respostas esperadas não são encontradas no consultório do pediatra,  mas como é um ambiente protetor e de acolhimento, o bebê sempre está doente. 

É possível que todas as mulheres gestantes e também mamães de crianças pequenas busquem um olhar mais objetivo e próximo da realidade da mulher que a criou, para deixar de ser uma mãe infantil e faminta como consequência de sua própria infância, para não exigir a companhia e proteção de seus filhos por meio da lealdade que eles devotam.⠀

A importância de uma rede de apoio durante a maternidade

Com profissionais terapeutas e grupos para ouvi-las e para dividir suas angústias em relação à maternidade, a Clínica Plenitude oferece profissionais como terapeutas sistêmicos e psicólogos, além dos grupos de apoio com mais mulheres para trocas de experiências – são as rodas de cura do feminino.

Caso você seja a pessoa que auxilia e acompanha a mãe, procure perceber com empatia suas  emoções e sentimentos. Inclusive, participe junto das sessões terapêuticas firmando um vínculo de apoio e amor para que ela consiga se sentir acolhida e confortável.

Dessa forma, ela exercerá a maternidade de forma saudável – que é tão importante para o filho nesse primeiro momento de vida até os quatro anos (idade em que as primeiras impressões são armazenadas na psiquê humana do que foi bom e o que foi ruim, marcando a vida da criança). 

Por meio da constelação familiar, é possível curar o vínculo com a mãe, reequilibrando nossa saúde mental. Nós fazemos um giro como se “virasse uma chave” no sentido de conseguirmos olhar para nossas crianças com afeto, devolvendo a elas somente a nossa amorosidade, as qualidades que resgatamos da nossa própria mãe para que nos apossemos da maternidade, servindo a vida em sua plenitude.

Larissa
Larissa Cunha
Terapeuta sistêmica, positiva e consteladora familiar

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